sexta-feira, 29 de julho de 2011

And the Oscar goes to...


Todas as (poucas) vezes que assisti a um filme após ter lido o livro saí do cinema irritada. Mais: sentindo-me roubada. Tá bom, eu sei perfeitamente que 90 a 120 minutos é um espaço de tempo muito curto para contar uma história, mas tem gente que exagera. Além de se perder muita coisa, em alguns a petulância chega ao ponto de mudar o final, inventar personagens e excluir outros. Li que o escritor Jorge Amado recusava-se a assistir às novelas adaptadas a partir de obras dele. Dizia que para evitar a aporrinhação e não via e ponto. Um dos livros que mais reli na minha vida, a trilogia de O tempo e o vento, de Érico Veríssimo, foi adaptado para uma minissérie, da qual assisti apenas o primeiro capítulo. Desliguei a tv xingando em sânscrito. Não sei se foi porque o livro é quase sagrado para mim, mas achei tudo ruim. E confirmei mais uma vez que se eu gostei do livro devo ficar longe do filme. Com uma honrosa exceção: achei o filme “O nome da Rosa” super fiel à obra e muito envolvente. E dou a mão à palmatória: há um filme que eu acho que superou o livro: “Breakfast at Tiffany’s” que deu um banho no conto de Capote. No mais, na lista dos horrores há muitos. Como “Vannity fair” (sorte de Thackeray, que está morto) e odiei a versão de “Orgulho e preconceito”, que achei pobre e desleixado. E vou ficando por aqui, nem quero puxar pela memória, prefiro lembrar coisas boas.
E vamos admitir que não há graça alguma em ver um filme cuja história já conhecemos. Ah sim, claro, mas tem roteirista/adaptador que muda o final, né? Grrrrrrrrr!!!

Um comentário:

lilly disse...

denise, eu gosto de assistir filmes que ja conheço a estoria.
algumas estorias se misturam na minha cabeça e eu nao sei se assisti mesmo umfile baseado em rebecca de daphne du maurier...mas acredite...leio o livro e revejo as cenas.
jane eyre tb.
dou a minha interpretaçao ao livro e depois...as xx me decepciono com a pelicula, mas é interessante saber como o diretor viu a mesma estoria